Nos Estados Unidos, por exemplo, passou de cerca de 4 mil produtos para mais de 95 mil nos últimos 30 anos, de acordo com a Food and Drug Administration (FDA, equivalente nos EUA à Anvisa no Brasil). Essas cápsulas, pós e gomas são frequentemente rotuladas com grandes — embora vagas — afirmações como “apoia a saúde imunológica” ou “melhora o desempenho do cérebro”. Mas a maioria dos suplementos não foi rigorosamente testada quanto à segurança ou eficácia, de acordo com JoAnn Manson, professora na Escola de Medicina de Harvard.
A proteína não é o único componente com o qual se deve ter atenção — todos os nutrientes têm um valor mínimo e máximo para executar suas funções essenciais corretamente no corpo. A vitamina C, que é vendida e muito consumida para "prevenir resfriados", deve ser ingerida com moderação por aqueles que têm problemas renais e por quem a consome constantemente sem prescrição. Outra suplementação que deve ser dosada com cuidado é a vitamina D3, que foi alvo de desinformação durante a pandemia e oferece riscos graves em altas quantidades e sem indicação. Outro ponto importante destacado pela nutricionista Anna Paola Pierucci, doutora em Ciência de Alimentos, é que a suplementação de diversas vitaminas e minerais em uma única cápsula pode ter baixa biodisponibilidade, pois alguns nutrientes competem entre si durante a absorção. Além disso, sem a supervisão médica adequada, os suplementos podem gerar alergia ou intolerância em determinadas pessoas. A seleção natural privilegiou indivíduos que têm capacidade de absorver os nutrientes de um cardápio onívoro, ou seja, que contenha tanto alimentos de origem vegetal como animal.
No entanto, a escolha do suplemento adequado deve ser feita com cautela e orientação profissional. No entanto, o uso de suplementos alimentares ainda é um tema que gera muitas dúvidas e controvérsias. Essas são algumas das perguntas que muitas mulheres têm antes de decidir incorporar suplementos em sua rotina alimentar. Além disso, eles poderão fornecer informações sobre as doses corretas, a forma de uso e possíveis interações medicamentosas, minimizando assim os riscos e efeitos colaterais associados ao consumo de suplementos alimentares. Diante desse cenário, é fundamental compreender quais são os benefícios e riscos associados ao uso de suplementos alimentares e como eles podem afetar a saúde. Neste artigo, vamos analisar os aspectos positivos e negativos desses produtos, fornecendo informações relevantes para auxiliar na tomada de decisão sobre seu uso.
Os suplementos alimentares não cabem na fisiologia humana e só devem ser usados em caso de carência de nutrientes, de preferência por tempo limitado. “Se você não tem nenhum problema de saúde e sai de um nutricionista com uma lata ou cápsula, desconfie”, aconselha o dr. Paraná. A melhor forma de obter os nutrientes de que precisamos é por meio de uma alimentação natural. Quem come alimentos saudáveis e tem uma alimentação balanceada dificilmente precisará de suplementação. Caso precise de orientação para se alimentar de forma adequada, a pessoa deve procurar um nutricionista qualificado, que privilegie alimentos naturais como fonte de nutrientes.
– Idosos também requerem uma atenção especial na hora da suplementação, pois o organismo já não consegue metabolizar e absorver certos nutrientes de forma eficiente. Por isso muitos idosos apresentam principalmente deficiência da vitamina B12 e de cálcio, por exemplo – explica Nathalia. Para a especialista, a frequência com que deve ser tomado e o limite de cada suplemento é algo Melhores Creatinas extremamente individual e dependerá do estilo de vida da pessoa e do grau de necessidade ou deficiência de nutrientes específicos. O som alto e a sala espelhada e repleta de aparelhos de musculação de última geração são marcas registradas das academias da região nobre das grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, algumas com mensalidades que ultrapassam os 500 reais.
Os riscos da suplementação alimentar
Um estudo publicado em 2018 pelo Journal of the American College of Cardiology, por exemplo, comprovou que quatro dos suplementos mais consumidos (multivitamínicos, vitamina C, vitamina D e cálcio) não possuem benefícios contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Diferentemente de medicamentos, os suplementos não curam ou tratam doenças, mas podem melhorar ou manter a saúde geral, uma vez que utilizados corretamente e sob indicação médica. O uso dos suplementos deve ser indicado por um nutricionista, mas nem sempre isso acontece. Muitos praticantes de atividades físicas costumam consumir suplementos de forma indiscriminada, em quantidade superior à necessária ao seu gasto calórico e tipo físico.
Se os suplementos alimentares por si só trazem riscos para a saúde, a presença de anabolizantes, substâncias proibidas, eleva ainda mais o perigo. Estima-se que um em cada três suplementos seja combinado com alguma forma de anabolizante, responsável por problemas hormonais, psicológicos, doenças cardiovasculares e câncer. Por conta disso, é importante só fazer uso de suplementos prescritos por um médico e comprados em lojas confiáveis. A maioria das pessoas não precisa de suplementação porque se alimentam de forma correta com proteínas, vitaminas, sais minerais e gorduras boas no dia a dia. No entanto, em determinados casos, como dietas muito restritivas, organismos que têm dificuldade de absorver nutrientes e no pós-operatório da cirurgia bariátrica, há necessidade de suplementação. Na consulta médica, pedimos exames para rastrear possíveis deficiências e, assim, poder orientar adequadamente o paciente, de acordo com o quadro.
Os riscos e efeitos colaterais associados ao uso inadequado
Por isso, o exame sanguíneo associado a uma avaliação profissional séria pode ter um êxito real, diferentemente dos polivitamínicos sem prescrição, que ainda podem representar um prejuízo financeiro. É o caso de praticantes de atividades físicas que consomem altos níveis de proteínas diárias para ter músculos e resultados sonhados. Amanda explica que a proteína, apesar de ser insubstituível em todas as dietas, não deve ser consumida em excesso, pois pode sobrecarregar o rim, facilitar a formação de gordura e gerar inchaço. Alguns grupos possuem mais necessidade do uso desses suplementos, como portadores de doenças disabsortivas do trato gastrointestinal, além de idosos e gestantes – pondera o médico, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Além do risco aumentado de câncer, de acordo com a pesquisa norte-americana, o uso de suplementos alimentares não é recomendado para jovens que ainda não chegaram ao fim do seu crescimento (18 anos para mulheres e 21 para homens). A substância whey protein, aliás, tem venda e uso proibidos para menores de 15 anos no Brasil.
Embora os suplementos sejam constantemente mencionados como um dos passos essenciais para atingir o bem-estar, muitas vezes eles não são necessários. 12/06 Portadores de doenças cardiovasculares são mais suscetíveis a complicações do novo coronavírus. 19/04 Aneurisma cerebral – Causas, classificações e a importância ao escolher um hospital capacitado para o tratamento. Depende do tipo de suplemento, mas geralmente é recomendado tomar durante as refeições ou conforme indicação do fabricante. Também é importante lembrar que cada suplemento tem suas próprias particularidades em relação à forma de consumo, e é fundamental respeitar as recomendações específicas de cada produto. – Sem consultar um especialista, o indivíduo pode ultrapassar a dose recomendada e combinar substâncias que interagem de forma negativa entre si, podendo levar a inúmeros sintomas como dor de cabeça, reações cutâneas, fadiga, insônia e reações gastrointestinais, por exemplo – alerta.
Ao escolher um suplemento alimentar, é importante ler as instruções do fabricante e seguir as dosagens recomendadas. O segundo estudo observou os efeitos das vitaminas na cognição e, para isso, acompanhou quase 6 mil médicos do sexo masculino com 65 anos ou mais por 12 anos. Chegou-se à conclusão que o uso de vitaminas não desacelerou a perda cognitiva e não trouxe mudança nos índices de memória verbal nem na cognição daqueles que tomaram vitaminas em comparação com os que não tomaram. A ingestão de suplementos em quantidade maior do que o corpo necessita pode acarretar sérios problemas de saúde, como sobrecarga hepática e renal. – Apesar de existir o mito de que creatina pode levar pessoas saudáveis a problemas renais, os estudos mostram alto nível de segurança em diversas populações – afirma. A creatina, segundo ela, é um composto derivado de aminoácidos e um dos suplementos mais estudados no mundo.
Benefícios do café com limão: mito ou verdade?
Suplementos, como o próprio nome diz, inserem quantidades de nutrientes no corpo para completar aquilo que ingerimos nas refeições. Por isso, seu uso, de acordo com alguns médicos, só é indicado para quem sofre de déficit nutricional. Quando consumido por quem não sofre desse mal, os suplementos acabam provocando uma sobrecarga dos órgãos responsáveis pelo metabolismo, como fígado e rins, podendo provocar doenças e a falência desses órgãos, dependendo da quantidade utilizada.
Se você está considerando utilizar suplementos alimentares e deseja obter orientação e acompanhamento profissional, utilize a telemedicina. Através do Médico24hs é possível agendar com profissionais nas especialidades de endocrinologia, nutrologia e nutricionistas, sem sair de casa. Suplementos alimentares podem ser úteis para corrigir deficiências nutricionais que possam surgir devido a dietas restritivas, condições de saúde específicas ou simplesmente pela dificuldade em obter determinados nutrientes através dos alimentos. Por exemplo, indivíduos que seguem dietas vegetarianas ou veganas podem necessitar de suplementação de vitamina B12, ferro e zinco. Para saber como e quando começar a tomar suplementos, entre em contato com um nutricionista ou outro profissional da área de saúde e siga os conselhos dados por eles. Quando indicados sob prescrição médica, os suplementos são benéficos à saúde e podem oferecer benefícios.